Texto e fotografias M. Cristina Recchia, Adriana Sanches e Noeli Augusto
Acreditem: é impossível não admirar o “símbolo” de Trani: a “Cattedrale di San Nicola Pellegrino”.
Como bem mostra a foto, este lugar possui uma atmosfera incrível e admirar o monumento construído à beira do mar é uma sensação difícil de descrever. Eu poderia passar horas alí, sentada em uma daquelas bancas contemplando toda aquela paisagem ao meu redor.
A minha parada em Trani foi passageira mas especial, pois estava acompanhada por algumas amigas de infância que mesmo o céu estando acinzentado e meio friozinho, elas não mediram esforços para aquele encontro que não acontecia ha décadas.
Polignano a Mare não é longe de Trani e isso permite tranquilamente um bate-volta. Mas para um turista, Trani pode ser muito mais que um motivo de parada para um aperitivo e um passeio. Montar uma base lá, permitiria conhecer outros lugares e cidades nas redondezas como: Castel del Monte, a pequena Giovinazzo, Bitonto, Molfetta, Barletta e Andria (entre outros) e facilitaria muito um bate-volta até o Monte Sant’Angelo e o Santuário di San Giovanni Rotondo, na província de Foggia. Além disso, também seria uma boa opção para quem não quer montar base em Bari.
Mas primeiramente vamos entender as distâncias: Trani está localizada ha, aproximadamente, 55 km ao norte de Bari, e pertence a província Barletta – Andria – Trani no território da Puglia Imperiale. Possui cerca de 55 mil habitantes e o seu Porto teve grande importância no passado.
É Muito conhecida pela produção de um tipo de mármore chamado “pietra di Trani”, que é encontrado nos arredores da cidade, e pelo vinho “moscato”.
O vinho “Moscato” é uma variedade de uva branca, provavelmente originária da Grécia, importada na Itália por volta do século 2 aC. O cultivo da uva que produz este tipo de vinho também pode ser encontrado no Piemonte, Vale d’Osta, Toscana, Sardenha , Sicília , entre outros. É um vinho amarelado, com sabor doce e suave que é ótimo para acompanhar vários tipos de sobremesas.
Meu passeio em Trani começou na Villa Comunale, o maior jardim público da cidade, com uma vista panorâmica da orla até o Monastero de Santa Maria di Colonna, no lado sul da cidade.
A Villa Comunale encontra-se ao lado do importante portal de entrada para o Porto: o “Fortino” que foi construído no século XII para protejer a entrada ao Porto. É um ponto especial onde é possível contemplar o encontro do mar com a cidade, a grande Catedral Românica e o porto, além de render maravilhosas fotografias.
A foto a seguir é do “Fortino” fotografado do Porto.
O Porto é o coração da cidade e nos arredores é possível notar a predominância da arquitetura barroca. Um lugar ótimo para um passeio e uma parada obrigatória para a boa gastronômia pela grande quantidade de restaurantes, pizzarias e bares. Lá acontecem as procissões religiosas e uma grande festa é celebrada anualmente em homenagem ao padroeiro da cidade: San Nicola Pellegrino.
“No passado, o porto foi muito importante para o desenvolvimento do comércio marítimo da Puglia. Foi o lugar onde muitas populações e culturas do Mediterrâneo se encontraram e a testemunha disso são as igrejas e os palácios nas suas proximidades. Algumas fontes históricas, retratam o grande fortalecimento econômico de Trani a partir do ano de 1.230 durante o reinado de Federico II que concedeu numerosos privilégios comerciais e culturais para a cidade. Outro fator de grande importância foi o embarque de soldados cristianos que partiram para combater as “cruzadas na Terra Santa” entre os séculos XI e XIII.”
Seguindo pela orla do porto até o final encontra-se a maravilhosa Cattredrale San Nicola Pellegrino na Piazza Duomo. Sua construção iniciou-se em 1.099 sobre a base da antiga Santa Maria della Scala que seria um lugar de culto do século IV (conforme testemunham recentes escavações arqueológicas) que conservava as relíquias de San Nicola. Fontes históricas presumem que a fase decisiva para a construção da Catedral tenha ocorrido entre 1.159 e 1.186 e finalizada em 1.200. Uma das suas principais características no que se refere à sua edificação, além da sua proximidade com o mar, foi a utilização da “pietra di Trani” (pedra de Trani) uma rocha calcárea de cor rosada.
Para os mais curiosos, uma visita à cripta da Antiga Chiesa di Santa Maria, no subsolo da Catedral, fornece uma visão dos afrescos e as relíquias de San Nicola Pellegrino.
O campanário ao lado da Catedral é um cenário à parte.. De lá do alto pode-se admirar a cidade inteira mas confesso que a altura de 59 metros me intimidou a subir, porém fui intimada pela minha amiga que comprou os ingressos antes mesmo que eu pudesse decidir: fui obrigada!
Fomos em novembro e a temperatura era de aproximadamente 7 graus!
Aconselho a subir devagar para contemplar a paisagem ao longo da escadaria. Porém preste muita atenção ao horário para não ser pego de surpresa quando os sinos tocarem. Aconteceu comigo!
O campanário começou a ser construído após a Catedral no século XIII e foi concluído somente no século XIV. O ingresso custa € 5 euros.
Ainda na Piazza Duomo encontra-se também o Polo Museale di Trani.
A poucos metros da Catedral encontra-se o Castello Svevo di Trani construído em 1.233 por Federico II di Svevia sobre uma área rochosa de águas rasas que o protegia de ataques pelo mar. O Castelo foi durante muito tempo um importante “carro chefe” entre os castelos da Puglia e foi utilizado como prisão entre 1.844 até 1.974.
Eu não podia deixar de conhecê-lo. Mesmo tendo sido informada que estava completamente vazio, o passeio em seu interno é uma viagem no tempo.
O nosso passeio em Trani terminou com um caffé no Gold Bistrot que fica em frente ao Castelo. Logo depois, seguimos por uma passagem rápida pelo centro histórico, incluindo paradas para compras de lindos souvenirs, até a área onde tinhamos estacionado o carro.
Vale a pena adentrar-se no centro histórico de Trani onde encontram-se alguns Palácios monumentais e Sinanogas que foram convertidas em igrejas católicas. O Museo Sant’Anna, conhecido também como Sinagoga Grande é uma das mais importantes testemunhas da comunidade hebraica de Trani.
A seguir, montei um mapa para mostrar nosso passeio:
È importante observar que o início do passeio em Trani começou na Via Statuti Marittimi onde é possível encontrar vagas para estacionar o carro. Procurem estacionar nos arredores desta rua e atenção para estacionar em faixas brancas. As faixas azuis são a pagamento e caso optarem por estacionar na faixa azul, controle o horário válido no ticket.
Na entrada do Porto terá um aparelho eletrônico que indicará se é possível entrar ou não com o automóvel dentro do Porto. A escrita “Varco attivo” (não é permitido entrar) ou “varco non attivo” (é permitido entrar)
Opções do que visitar em Trani:
- Cattedrale
- Polo Museale
- Castello
- Chiesetta di S. Giacomo
- Abbazia di S. Maria di Colonna
- Lungomare Cristoforo Colombo
- Palazzi
- Quartiere ebraico
- Palazzo delle Arti “Beltrani”
O mapa a seguir mostra a distância do Monastero di Santa Maria di Colonna até a Cattedrale San Nicola Pellegrino.
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Como chegar em Trani
A estação ferroviária de Trani está ligada com as principais grandes cidades italianas: Milão, Roma e Lecce. Confira horários e tarifas https://www.trenitalia.com/
Do aeroporto de Bari Palese: De trem, do aeroporto, você pode pegar o trem ou ônibus até a estação de trem Bari Central; Da estação de trem Bari, você pode pegar um trem para Trani .
De carro
- Auto-estrada A14 Bolonha – Taranto Saída para Trani
- Strada Statale 16 Bari – Foggia Saída para Trani Centro