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Castellana Grotte

Texto M. Cristina Recchia e fotografias de Felipe Pan

Localizada na entrada do Valle d’Itria, a poucos quilômetros de Alberobello, Monopoli, Polignano a Mare e Cisternino, as Grutas de Castellana (Castellana Grotte) estão entre as atrações mais importantes da Puglia. Sua origem data cerca de 90 milhões de anos, quando a Puglia era ainda submersa pelo mar, no qual viviam moluscos e vegetais marinhos. É um complexo de cavidade subterrânea de origem carsica localizada a 1,5 km do centro habitado de Castellana Grotte.

Foi descoberta em 1938 pelo professor Franco Anelli e gerou uma explosão turistica ao ponto do nome da cidade ser mudado de Castellana para Castellana Grotte.

 

 

A gruta possui  3.348 metros e uma profundidade máxima de 122 metros da superficie.  A temperatura interna pode variar de 14 a 18 ° C  e a umidade é superior a 90% e é aberta para visitação o ano todo.

Os turistas podem escolher dois percurso:  o primeiro de 1 km, dura cerca de 50 minutos e o outro de 3 km, dura quase 2 horas.  A profundiade é de 70 metros. É uma excursão  guiada em várias linguas, entre as quais: italiano, inglês, alemão e francês. É possível fotografar somente na primeira parte da gruta sendo o restante do trajeto proibido sob pena de ser convidado a se retirar do local.

Em minha última visita a esta gruta, escolhi o percurso  completo, ou seja de 3 km e fiquei realmente muito surpresa com o cenário que é incrível pois as estalagmites e estalactites que lá se encontram brincam com nossa imaginação.

 

 

A excursão começa com uma descida através de uma longa escadaria ( se necessário tem o elevador) até chegar a uma grande caverna (veja na primeira foto) chamada La Grave, sendo esta a única ligação com a parte externa por onde penetra um feixe de luz natural. Depois deste primeiro encontro inicia-se a trajetória passando-se por outras cavernas e corredores que variam em formas e dimensões. Muitos possuem nomes caracteristicos dados pelos primeiros exploradores até se chegar a Grotta Bianca (Gruta Branca) que é o final do percurso e de uma beleza de tirar o folego. A partir deste ponto, retorna-se ao início por outros caminhos sendo que a saída efetiva da gruta é feita por um elevador.

Para evitar surpresas durante o trajeto, aconselho usarem sapatos cômodos e antiderrapantes além de algo para se aquecerem, caso a temperatura não for de seu agrado.

De julho a agosto, excepcionalmente,  é possível fazer a SPELEONIGHIT que é visita noturna guiada para grupos de, pelo menos, 15 pessoas.

A cidade  faz fronteira com Polignano a Mare (22 km do centro), Monopoli, Putignano,  Turi, Conversano e  Alberobello. Possui quase 20.000 habitantes e originou-se na idade média com a colonização do Mosteiro de San Benedetto de Conversano no século X. Foi oficialmente fundada em 1171 e nos primeiros anos de 1400 tentou se libertar das dependências feudais de Conversano e do mosteiro San Bedenetto. Em 1456, os condes de Acquaviva obtiveram os direitos feudais de Castellana e da interia Condea di Conversano até 1806 quando o feudalismo foi abolido.

Aos sabádos é realizada a feira semanal, chamada de mercato settimanale,  com muitas barracas no centro da cidade. De um lado alimentos que vão desde queijos e salames até as frutas, verduras e legumes.  Do outro lado, distante cerca 500 metros ,  você poderá encontrar barracas com roupas, sapatos, objetos  para casa e uma infinidade de artigos.

É , sem dúvida, um local muito convidativo e  um dos lugares naturais mais surpreendentes da Puglia e da Itália.

Acompanhe o blog “Vem pra Puglia” inclusive para ter maiores informações para a contratação de transfer.

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